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La Vuelta Ciclista a España 2023 partirá de Barcelona pela segunda vez na história da corrida, após mais de 60 anos sem fazê-lo. Além disso, as 4 primeiras etapas serão disputadas na Catalunha, por isso, na Cycling Fantasy, não podemos deixar de celebrar, já que a corrida passará literalmente em frente a nossa sede em Barcelona.

Percurso

A corrida começa com um contra-relógio por equipes em Barcelona. A segunda etapa terminará em Montjuïc com um percurso relativamente fácil, mas o terceiro dia, as subidas do Coll d'Ordino (8,9 km a 5,1%) e a chegada a Arinsal (Andorra) (6,9 km a 8,2%) testarão a forma dos ciclistas desde o início das três semanas de corrida. As etapas 4 e 5 têm perfis de média montanha semelhantes, enquanto a sexta traz uma nova chegada em subida, desta vez no Observatório Astrofísico de Javalambre (11,1 km a 7,8%). É aqui que os contendores pela vitória na corrida podem começar a se destacar. A sétima etapa oferece uma das poucas oportunidades claras para os sprinters, pois os dois dias seguintes serão exigentes: a oitava etapa apresenta mais de 3500 metros de desnível positivo acumulado e uma chegada explosiva em Xorret del Catí (3,8 km a 11,5%), e a nona termina com a ascensão a Caravaca de la Cruz (8,1 km a 5,4%, com um trecho de 1,8 km a 9,5%).

Após essa primeira sequência, a corrida chega ao primeiro dia de descanso, após o qual ocorre o único contra-relógio individual da corrida, cobrindo 24,8 km, em Valladolid. A quarta-feira marca o retorno das chegadas em subida, desta vez em Laguna Negra (8,3 km a 5%), oferecendo uma boa oportunidade para uma fuga. A décima segunda etapa é outra rara ocasião para os sprinters, pois no dia seguinte os ciclistas se aventuram na França para enfrentar uma série de montanhas dignas do Tour de France, com as subidas do Aubisque (16,6 km a 7%), Spandelles (10,4 km a 8,1%) e culminando no lendário Tourmalet (18,8 km a 7,4%). No dia seguinte, sem muitas oportunidades de recuperação, outras montanhas aguardam, em uma etapa com 4500 metros de desnível positivo acumulado e chegada em Larra-Belagua (9,4 km a 6,3%). Finalmente, para concluir esse bloco antes do segundo dia de descanso, os ciclistas devem superar uma etapa de Pamplona a Lekunberri, que apresenta um perfil ondulado típico da região e deve favorecer uma fuga.

A fase final da corrida começa com uma etapa ao longo da costa cantábrica sem grandes dificuldades, mas a chegada em subida em Bejes (4,7 km a 8,7%) exclui novamente os sprinters. A quarta-feira marca a segunda grande etapa de montanha da corrida, com a chegada ao Alto del Angliru (13,2 km a 9,4%, com inclinações impossíveis de até 24%). A 18ª etapa é a última etapa de montanha desta Vuelta, com duas ascensões ao Puerto de la Cruz de Linares (8,3 km a 8,5%), oferecendo a última oportunidade aos escaladores. A etapa 19 é uma recompensa para os sprinters que chegaram até aqui, enquanto a etapa 20 inclui 10 subidas na Sierra de Guadarrama em um percurso de mais de 200 quilômetros, o mais longo desta Vuelta, e pode ser pra a fuga. Finalmente, a corrida termina com um circuito local para os sprinters nas ruas de Madrid.

Favoritos

Primož Roglič (1200), Jonas Vingegaard (1200) e Remco Evenepoel (1200) são os três grandes favoritos para a classificação geral e lideram uma lista de largada espetacular que inclui muitas estrelas do nosso esporte: João Almeida (1200), Alexandr Vlasov (1200), Enric Mas (1000), Juan Ayuso (1000), Geraint Thomas (1000), Jay Vine (600), Sergio Higuita (800), Romain Bardet (800), Mikel Landa (800), Santiago Buitrago (600) e Hugh John Carthy (400) são outros contendores para as primeiras posições. Também será interessante ver a evolução dos jovens escaladores Cian Uijdebroeks (400), Lenny Martínez (200) e Romain Grégoire (200).

As raras oportunidades para os sprinters tornam a lista de velocistas fraca. Alberto Dainese (600), Juan Sabastían Molano (600), Bryan Coquard (600), Gerben Thijssen (400), Hugo Hofstetter (400), Marijn Van Den Berg (400), Edward Theuns (400), Milan Menten (400), Iván García Cortina (400) ou Andrea Vendrame (400) são os principais candidatos para as chegadas ao sprint.

Foto: © Volta a Catalunya