O renovado Giro Women, durante o Tour
Após anos de problemas organizacionais que até levaram à sua relegação para as ProSeries, o até agora Giro d’Italia Donne estreia este ano um novo nome: Giro d’Italia Women. Para esta edição (e pelos próximos três anos, no mínimo), a organização ficará a cargo da empresa RCS, responsável pelo Giro d’Italia masculino, pelo que se espera que dê um passo em frente em termos de profissionalismo e divulgação. A corrida, que durará oito dias, provavelmente será bastante ofuscada pelo Tour de France, já que ocorre durante a segunda semana da ronda francesa.
Percurso
A corrida é composta por 8 etapas, começando com um contrarrelógio de 14,7 km que marcará as primeiras diferenças entre as candidatas à classificação geral. O segundo dia oferece uma das melhores oportunidades para as sprinters, junto com a etapa 5. A terceira etapa apresenta um perfil plano durante todo o dia, mas a chegada em Toano (9,9 km a 5,2%) convida as mulheres mais fortes a tentar. O quarto dia também começa plano, mas a chegada inclui três subidas categorizadas e parece ideal para puncheurs. Como mencionado, a quinta etapa é novamente uma oportunidade para sprinters, embora não tão clara como o segundo dia, enquanto o sexto dia apresenta um percurso em dentes de serra com uma nova chegada em subida em Chieti (4,8 km a 5,5%). No penúltimo dia chega a etapa rainha deste Giro d’Italia Women, que inclui as subidas do Passo Lanciano (12,4 km a 8,3%) e do Blockhaus (17,7 km a 7,8%), onde se situa a linha de chegada. Esta etapa será decisiva para a classificação geral, assim como a última, que também é uma etapa de montanha, embora não tão exigente como a do dia anterior.
Favoritas
A cinco dias do início, muitas equipes ainda não confirmaram suas formações, mas muitas ciclistas de alto nível já estão na lista de partida. Por enquanto, a campeã mundial Lotte Kopecky (1200) parece ser a principal favorita para a classificação geral junto com a dupla da Lidl-Trek formada por Elisa Longo Borghini (1200) e Gaia Realini (800). A francesa Juliette Labous (1000), as espanholas Mavi García (800) e Ane Santesteban (600), a alemã Liane Lippert (1000), a italiana Silvia Persico (800) e a eslovena Urška Žigart (200) também são fortes candidatas.
Para os sprints, além da própria Kopecky, Chiara Consonni (800), Maria Giulia Confalonieri (400), Arlenis Sierra (600) e Franziska Koch (200) são boas velocistas, embora como mencionado, atenção deve ser dada à lista de partida, pois muitas ciclistas ainda precisam ser registradas.
Foto: © Giro d’Italia Women / RCS Sport